quinta-feira, 24 de março de 2011

GRÊMIO E SUINGUEIRA

         Na escola, motivo deste diário, existe um Grêmio, como deve ser em toda escola de Ensino Médio. Antes não havia. eu andei conversando com os alunos em sala e despertei o interesse pela ideia da criação do órgão representativo dos estudantes. Entretanto a diretora, pouco democrática, percebeu algum risco e resolveu ela própria coordenar a "eleição" para o Grêmio. Não deu outra. Foi apenas um faz de conta. E estava eleita a diretoria do Grêmio.
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           Pois bem. segunda-feira 21 de março (2011), o Grêmio realiza sua primeira atividade do ano letivo: a presidente do Grêmio se dirige a um computador, baixa 15 músicas de suingueira (Parangolé, Guig Ghetto etc) e no intervalo coloca o som no pátio para um bando de... dançar. É mole. Creio em que isso só ocorre aqui.
          Acredito em que uma eleição para o Grêmio estudantil deve ser um momento de formação intelectual e cidadania. Infelizmente a escola perdeu esse momento democrático. Democracia não é o forte do nosso núcleo gestor. Ano passado mudou o fardamento e não consultou os alunos sobre como deveria ser a nova blusa da farda. Imagino que em uma escola democrática os alunos devam ser consultados sobre assuntos de seu interesse. Até porque, se assim o procedermos, os alunos não poderão questionar a escolha da maioria. Volto a imaginar os alunos discutindo sobre a nova blusa da farda, desenhando modelos, participando, enfim, de algo que eles trarão em seus corpos durante alguns anos.
            O uso do celular na nossa escola é um câncer. O combate amiúde deve ser o antídoto. Os alunos atendem ao telefone a qualquer momento, em sala, sem nenhum constrangimento. Fiquei impressionado com essa prática na sala do terceiro ano. 
            E haja suingueira!
(Professor Alves)

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