Hoje quinta-feira, dia normal. Afora algumas atitudes levianas ou infantis mesmo, por parte de alguns alunos, que devem ser combatidas dia após dia.
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A primeira dessas atitudes ocorreu em uma sala do 9° ano (último do Ensino Fundamental). Duas alunas tentaram ridicularizar duas outras novatas, na turma. Em 2010 elas estavam em salas separadas, mas já havia observado certa picuinha entre as mesmas. Sempre da parte dessas duas que acham as outras penetras. É um caso de educação. Há aí também um pouco de "inveja", uma vez que as duas que chegaram à sala aparentam ter um padrão de vida melhor, vestem-se melhor, possuem mais bagagem intelectual, expressam-se melhor; enquanto que as outras falam às gargalhadas, usam sandálias tipo havaianas, não possuem celular e assim vai. São as desigualdades da escola pública que geram esses tipos de comportamento. Acho que a ínfima melhoria da escola pública está tornando-a uma instituição mais heterogênea, numa mistura de alunos muito pobres, outros pouco pobre e alguns até de classe média baixa, que tem acesso aos bens de consumo difundidos pela mídia.
É algo a se refletir. É preciso que a escola como um todos veja isso e procure uniformizar os alunos em todos os sentidos, a começar pelo fardamento. Vejo que à medida que se permite o uso de vestuário que não o fardamento padrão, assim como o uso dentro das salas de aparelhos celular, estamos concorrendo para difundir desigualdades, o que gera atitudes dessa natureza.
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O outro fato deplorável aconteceu na sala de aula do 8° ano B, já mencionada em postagem anterior. E é pena que irá se repetir. Essa sala é uma espécie de depósito de alunos , foi formada com o pior que a escola tem, Não devemos culpar o núcleo gestor, foi uma forma encontrada para melhorar o ensino, colocando numa sala os melhores, noutra os piores em todos os sentidos, conteudísticos e disciplinares. Há um aluno que possui tendências para grande liderança negativa. coordena as brincadeiras de mau gosto e medra os demais, os quais sentem quase necessidade de segui-lo. tive de pedir para que saísse de aula, mas percebi rumores pela sala que que ele estava preparando um "pega" na hora do recreio. Pelo que me pareceu, ele corre atrás dos colegas e bate neles, a ponto de alguns tentarem se refugiar na secretaria, na sal dos professores, banheiros etc.
Notamos logo tratar-se de mais um caso de Educação comportamental. O que vai ocorrer já sabemos: ele vai ser retirado de sala sistematicamente até que ao faltar com respeito com o núcleo gestor, e só quando isso ocorrer, será excluído da escola. Entretanto nos anos anteriores ele já teve esse comportamento e nada aconteceu, continua na escola. É bom lembrar que ele é BRANCO e não pertence à classe dos mais pobres. Lembro-me que nos anos anteriores, alunos de pele mais escura, por menos, já tiveram esse destino, não só nessa escola, mas nas outras por que passei.
(Professor Alves)