segunda-feira, 28 de março de 2011

FUJONA

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         Sexta-feira, dia 25/03 não houve nada de anormal, apenas o fato de, pela falta de um professor, ter sido criado um horário "especial", mas correu tudo bem e os alunos tiveram aula até o final do período de aula. É necessário que salientemos que neste ano as aulas estão transcorrendo  normalmente, e não me lembra que os alunos tenham saído algum dia antes  do horário previsto, e isso é uma vitória, pois em outras escola, por dá-cá-aquela-palha os alunos vão para casa, às vezes, antes do recreio.
         Hoje, segunda-feira, não houve nenhum rebuliço na escola. As aulas transcorreram normalmente. Apenas uma aluna saiu da sala antes da quinta aula. Se embarafustou em algum lugar e não assistiu à quinta aula. É sempre a mesma, enquanto a direção da escola não lhe chamar  atenção, ela vai achar que é melhor que os demais. O pior é que os alunos notam isso e ficam deveras chateados. E com toda a razão. Ano passado havia uma outra que todos os dias chegava à escola bem depois do horário de entrada e saía antes de tocar o fim da aula. Isso quando vinha para a escola. No final do ano ficou para a recuperação só em Português. Quando precisou das notas de Português para ingressar numa escola profissionalizante, não as tinha suficientemente. Perdeu a vaga. Bem feito!

quinta-feira, 24 de março de 2011

GRÊMIO E SUINGUEIRA

         Na escola, motivo deste diário, existe um Grêmio, como deve ser em toda escola de Ensino Médio. Antes não havia. eu andei conversando com os alunos em sala e despertei o interesse pela ideia da criação do órgão representativo dos estudantes. Entretanto a diretora, pouco democrática, percebeu algum risco e resolveu ela própria coordenar a "eleição" para o Grêmio. Não deu outra. Foi apenas um faz de conta. E estava eleita a diretoria do Grêmio.
http://3.bp.blogspot.com/_Hfp6lANkcAY/
           Pois bem. segunda-feira 21 de março (2011), o Grêmio realiza sua primeira atividade do ano letivo: a presidente do Grêmio se dirige a um computador, baixa 15 músicas de suingueira (Parangolé, Guig Ghetto etc) e no intervalo coloca o som no pátio para um bando de... dançar. É mole. Creio em que isso só ocorre aqui.
          Acredito em que uma eleição para o Grêmio estudantil deve ser um momento de formação intelectual e cidadania. Infelizmente a escola perdeu esse momento democrático. Democracia não é o forte do nosso núcleo gestor. Ano passado mudou o fardamento e não consultou os alunos sobre como deveria ser a nova blusa da farda. Imagino que em uma escola democrática os alunos devam ser consultados sobre assuntos de seu interesse. Até porque, se assim o procedermos, os alunos não poderão questionar a escolha da maioria. Volto a imaginar os alunos discutindo sobre a nova blusa da farda, desenhando modelos, participando, enfim, de algo que eles trarão em seus corpos durante alguns anos.
            O uso do celular na nossa escola é um câncer. O combate amiúde deve ser o antídoto. Os alunos atendem ao telefone a qualquer momento, em sala, sem nenhum constrangimento. Fiquei impressionado com essa prática na sala do terceiro ano. 
            E haja suingueira!
(Professor Alves)

domingo, 20 de março de 2011

18/03/2011, FIM DA PRIMEIRA SEMANA

        Hoje, houve uma palestra sobre drogas e seus malefícios. Bem interessante para uma escola repleta de adolescentes  na idade de descobertas. Muito bem vinda mesmo. Não sei como foi a palestra pela manhã, pois só estive na escola no período da tarda. Espero que pela manhã tenha sido mais proveitosa. Pois pela tarde foi um desastre.
        Alguém pode está pensando que o motivo do desastre foram os alunos. Ledo engano! Antes de começar os trabalhos, a palestrante teve alguns problemas com o material, e os alunos, claro, ficaram à vontade. Isso irritou a moça que, ao dirigir a palavra, disse que era policial civil, numa clara atitude de intimidação. Aquelas palavras surtiram efeito contrário nos alunos, que continuaram a brincadeira. Um aluno me cutucou e comentou: "Por que todo policial é besta!". Como não Conseguia a atenção da plateia, a policial pediu que quem não quisesse ouvir se retirasse, afirmando que se não fosse atendida, ela mesma iria lá e os colocaria para fora. Metade da sala saiu, contrariando todo o objetivo do trabalho, pois boa parte dos que se evadiram precisam de cuidados devido ao seu envolvimento com as drogas ou por está muito próximo a elas. Os que ficaram são bons alunos e boas alunas, ou alunos e alunas mais ajustados, os quais não precisam e jamais precisarão desse tipo de palestra. Ainda é bom lembrar que a policial civil ficava a todo instante lembrando que para ela não importava se os meninos e meninas usavam, vão usar, ou não drogas. Ela estava apenas realizando um trabalho. 
       Aquilo que deveria ser um serviço para a comunidade escolar acabou sendo um tremendo deserviço. Seria bom que esse pessoal acostumado com truculência, ao se oferecer ou ser convidado para dirigir uma palestra desse quilate, tivesse um preparo pedagógico antes.  

sexta-feira, 18 de março de 2011

DESIGUALDADE NA ESCOLA

         Hoje quinta-feira, dia normal. Afora algumas atitudes levianas ou infantis mesmo, por parte de alguns alunos, que devem ser combatidas dia após dia. 
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         A primeira dessas atitudes ocorreu em uma sala do 9° ano  (último do Ensino Fundamental). Duas alunas tentaram ridicularizar duas outras novatas, na turma. Em 2010 elas estavam em salas separadas,   mas já havia observado certa picuinha entre as mesmas. Sempre da parte dessas duas que acham as outras penetras. É um caso de educação. Há aí também um pouco de "inveja", uma vez que as duas que chegaram à sala aparentam ter um padrão de vida melhor, vestem-se melhor, possuem mais bagagem intelectual, expressam-se melhor; enquanto que as outras falam às gargalhadas, usam sandálias tipo havaianas, não possuem celular e assim vai. São as desigualdades da escola pública que geram esses tipos de comportamento. Acho que a ínfima melhoria da escola pública está tornando-a uma instituição mais heterogênea, numa mistura de alunos muito pobres, outros pouco pobre e alguns até de classe média baixa, que tem acesso aos bens de consumo difundidos pela mídia.  
      É algo a se refletir. É preciso que a escola como um todos veja isso e procure uniformizar os alunos em todos os sentidos, a começar pelo fardamento. Vejo que à medida que se permite o uso de vestuário que não o fardamento padrão, assim como o uso dentro das salas de aparelhos celular, estamos concorrendo para difundir desigualdades, o que gera atitudes dessa natureza.
http://2.bp.blogspot.com/_EOd5IgdswKo/

        O outro fato deplorável aconteceu na sala de aula do 8° ano B, já mencionada em postagem anterior.  E é pena que irá se repetir. Essa sala é uma espécie de depósito de alunos , foi formada com o pior que a escola tem, Não devemos culpar o núcleo gestor, foi uma forma encontrada para melhorar o ensino, colocando numa sala os melhores, noutra os piores em todos os sentidos, conteudísticos e disciplinares. Há um aluno que possui tendências para grande liderança negativa. coordena as brincadeiras de mau gosto e medra os demais, os quais sentem quase necessidade de segui-lo. tive de pedir para que saísse de aula, mas percebi rumores pela sala que que ele estava preparando um "pega" na hora do recreio. Pelo que me pareceu, ele corre atrás dos colegas e bate neles, a ponto de alguns tentarem se refugiar na secretaria, na sal dos professores, banheiros etc. 
           Notamos logo tratar-se de mais um caso de Educação comportamental. O que vai ocorrer já sabemos: ele vai ser retirado de sala sistematicamente até que ao faltar com respeito com o núcleo gestor, e só quando isso ocorrer, será excluído da escola. Entretanto nos anos anteriores ele já teve esse comportamento e nada aconteceu, continua na escola. É bom lembrar que ele é BRANCO e não pertence à classe dos mais pobres. Lembro-me que nos anos anteriores, alunos de pele mais escura, por menos, já tiveram esse destino, não só nessa escola, mas nas outras por que passei.
(Professor Alves)

quarta-feira, 16 de março de 2011

XIXI CARD

       Hoje deu para perceber que atitudes executadas no ano anterior e que foram reimplantadas neste ano para melhorar a disciplina continuam dando resultado positivo. É o caso do cartão do professor. Um cartãozinho com o nome do professor que permite aos alunos irem ao bebedouro e/ou ao banheiro portando esse instrumento. Com efeito, desde sua implantação ano passado, acabou o ir vir de alunos pelo pátio.  São atitudes como essa, simples mas que servem de orientação para o comportamento dos alunos.
                Nossa diretora de vez em quando tenta através do microfone implantar ordem na escola. Sempre lembra aos alunos quais são as normas da instituição. Entretanto se não houver um instrumento visível, como uma cartaz com essas recomendações seguidas das punições cabíveis, nada será resolvido. Já solicitamos ao núcleo gestor esse instrumento, mas até agora nada foi feito. Poder que um dia o bom senso prevaleça.
(Professor Alves)

CHUVA E PREGUIÇA

         Hoje, não houve nada de anormal a não ser uma atitude dos alunos ligada a comportamento que deve ser ressaltada. Aliás duas atitudes. 
         A primeira deu-se na turma de 8° ano. Trata-se de uma turma altamente indisciplinada, formada por alunos que advieram de uma turma muito difícil e que deveria ser   toda reprovada, se fosse levado em conta seu rendimento escolar. Claro que isso não se deve fazer, pois vai de encontro a qualquer senso Educacional. Cheguei à sala e a encontrei toda suja com uma espécie de tinta, que poderia ter sido produzido com carvão ou lixo qualquer. Alunos riam e acompanhavam um outro que deve servir a eles como mestre da desordem. Alunos, com certeza,  desafiadores do poder de fogo do núcleo gestor fizeram aquilo com intuito de mostrar seu poder de baderna. Entrei em sala e dei minha aula com dificuldade, tendo que desmontar grupinhos e chamar a atenção uma vez e sempre, preocupado  com o desenrolar dos dias letivos.
        A segunda foi com relação à escola inteira. Ano passado, sempre que chovia, os alunos não compareciam à escola. Geralmente, se contabilizados, não davam a quantia de dez, logo não havia aula. Entretanto, hoje chovia muito, mesmo assim o número de alunos foi maior e mais satisfatório do que ontem, primeiro dia de aula e sem chuva. E eu me pergunto por que no ano anterior, se chovia eles não iam à escola, e hoje foram. A resposta é simples: não iam porque não queriam, preguiça. Hoje foram por ser o início do período letivo, novidade, queremos ver quem serão nossos "parceiros". Será preciso aguardar a próxima chuva,  quando as aulas não serão mais novidades. Isso é perigoso pois perdemos muitos dias letivos em função da preguiça dos alunos e não da chuva.
(Professor Alves)

segunda-feira, 14 de março de 2011

14/03/2011, 1° DIA DE AULA,

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      Primeiro de tudo, não cabe aqui relatar pormenorizadamente todos os detalhes de um dia nessa escola, mas apenas aqules que chamam a atenção de forma positiva ou negativa. Hoje, primeiro dia de aula, me deparei com um vício das escolas públicas: falta de planejamento. Embora tenha havido uma semana inteira de planejamento e todos os professores já estejam lotados, não havia um horário pronto quando cheguei para trabalhar. Fui surpreendido pelo fato de eu não ter aula hoje. O que surpreende é o fato da falta de comunicação, pois como dizia Abelardo Barbosa "quem não se comunica se trumbica". No momento em que a comunicação tornou-se "conditio se ne qua non" para a vida das pessoas e a acessibilidade  para essa ação quase nos obriga a exercê-la - telefone fixo, móvel, e_mail, grito, redes sociais - eu não ter recebido um telefonema ou um e_mail informando previamente, até para melhor planejamento pessoal e escolar, informando meu horário desta segunda de manhã indica que a Educação brasileira vai mal.
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        Quando perguntei sobre se teria aula à tarde, a resposta foi "ainda não fizemos o horário da tarde". É mole! Isso quer dizer que, como ainda estamos no horário da manhã - agora são 9:11h -, ainda posso ter surpresas à tarde e algo mais para postar neste primeiro dia de aula.